Nós sempre estamos atentos ao que a Igreja nos diz sobre família, matrimônio, filhos... Para nós é importante, e pouco a pouco vamos contando aqui para vocês o porquê para nós isso é importante. Respeitamos quem não partilha da nossa religião, ou de repente apenas acredita em Deus... Mas com a mesma liberdade que Deus ama a todos, tentamos abordar aqui aqueles temas que na maioria das vezes, frente à realidade em que nos encontramos, nos esforçamos para vivenciar. A ideia de compartilharmos não é impor como verdade absoluta, mas sim levar todos os leitores a uma reflexão. E mostrar que sim, somos muito felizes experimentando um namoro santo, dentro do que a Igreja Católica nos propõe.
Dia desses, conversamos (A Bru e o Jorge! ♥) sobre um discurso - diga-se de passagem, maravihoso - do Papa Pio XII, dirigido aos recém-casados. A título de curiosidade ("Um sonho com você" também é cultura!) queremos contar que é costume nas audiências das quartas-feiras no Vaticano, os recém-casados irem receber uma bênção especial do Santo Padre (com direito a lugar privilegiado e tudo!).
Voltando: este discurso do qual falamos, foi proferido nos idos de 1942, contudo, suas palavras são bem atuais, podendo ser repetidas muitas décadas depois. Selecionamos alguns trechos para comentar com vocês, e caso vocês queiram ler o texto na íntegra, você pode clicar aqui.
Sois felizes dentro de vossos lares; não vedes escuridão; a família tem um sol próprio: a esposa. (...) Sim, a esposa e mãe é o sol da família. Sol com sua generosidade e submissão, com sua constante prontidão, com sua delicadeza vigilante e previdente em tudo o que serve para tornar alegre a vida ao marido e aos filhos. Em torno dela difunde-se luz e calor; e costuma-se dizer então que um matrimônio é bem-aventurado, quando cada um dos cônjuges, ao contraí-lo, mira fazer a felicidade não própria, mas da outra parte; este nobre sentimento e esta intenção, embora dizendo respeito a ambos, é porém antes de tudo virtude da mulher, que nasce com as palpitações de mãe e com a maturidade de coração; aquela maturidade que, se recebe amargura, não quer dar senão alegria; se recebe humilhações, não quer dar senão dignidade e respeito; à semelhança do sol que alegra a manhã nebulosa, com seus albores e doura os ninhos com raios de seu ocaso.Quem sabe os mais machistas cheguem a pensar que o Papa quis dizer que a Mulher é mais importante. No entanto, amigos, a ideia é mostrar que um casamento é muito mais sentimento do que razão, porque transcende às nossas possibilidades humanas de mensurá-lo. Matrimônio é sentimento, é coração batendo forte desde o primeiro dia, até o último quando sua pulsação já não é mais jovial. Casamento é desejo constante de buscar a felicidade para o outro, de pensar no bem do outro, e encontrar nele a sua própria.
A esposa é o sol da família pela clareza de seu olhar e pela chama de sua palavra; olhar e palavra que penetram docentemente na alma, dobram-na e a enternecem e a solevam fora do tumulto das paixões, e reclamam para o homem a alegria do bem e da conversação familiar, depois de um longo dia de contínuos, por vezes penosos trabalhos profissionais ou campestres, ou de imperiosos afazeres do comércio ou da indústria.Quantas vezes ouvimos dizer que a Igreja apresenta uma visão retrógrada sobre a família... E quem sabe esse trecho nos ajude a perceber que cada pessoinha na família tem seu lugar... E que a ocupação de cada integrante (marido, esposa, filhos...) é como se fosse o princípio de uma fórmula para tudo ser bem melhor. É como se fosse um céu: que precisa de todas as estrelinhas para estar completo. O pai, que também é esposo, tem a tarefa de dar suporte à sua família. A mãe, que também é esposa, tem a missão de tornar menos árdua a tarefa do seu amado. E os filhos, rebentos de oliveira, serão alegria da casa, azeite da lamparina de amor do lar. No entanto, não são papéis definidos de um jeito estático, exclusivo. Um ajudará o outro, assim como também foi na Família de Nazaré.
“Passa uma geração e sucede outra; mas fica sempre a terra”. Assim correm novos séculos, mas Deus não muda; não muda o Evangelho nem o destino do homem para a eternidade; não muda a lei da família; não muda o inefável exemplo da família de Nazaré, grande sol de três sóis, um deles, um dos fulgores mais divinos e mais ardentes que os outros dois que os rodeiam. Olhe aquela modesta e humilde casa, oh pais e mães: contemplai Aquele que se cria “filho do carpinteiro”, nascido do Espírito Santo e da Virgem escrava do Senhor; e conforta-os nos sacrifícios e nos trabalhos da vida; ajoelhai-vos ante eles como crianças; invocai-os, suplicai-lhes; e aprendei deles como as contrariedades da vida familiar não humilham, e sim exaltam; como não fazem ao homem nem a mulher menores para o céu, e sim que valem uma felicidade, que em vão se busca entre as comodidades deste mundo, onde tudo é efêmero e fugaz."Não muda a lei da família!" Ela sempre será indissolúvel. E a razão dela será sempre o amor que nasce no coração de um casal apaixonado que um dia sonha em se casar e constituir um lar cheio de vida. Vida que brota desse amor refletido no sorriso dos filhos que Deus concede ao longo da história do matrimônio.
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É isso que nós queremos, amigos. Queremos que nosso namoro nos leve ao altar e que nesse altar possamos jurar um amor eterno, uma aliança eterna, um sonho abençoado por Deus. E que Ele nos conceda a graça de vivermos um matrimônio santo, sendo fiéis um ao outro e confiando na fidelidade de Deus Pai, para que nos dê filhos que um dia possam testemunhar este amor.
Rezem por nós! Sabemos que não é fácil, que não será. Mas o amor nos move... O sonho nos leva a acreditar! Mas precisamos que Deus vá à nossa frente, sem Ele nada podemos fazer!
Um abraço carinhoso, azul e cheio de sonhos:
Bru e Jorge