sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A história do beijo

Quem ama adora beijar, mas o fato é que o beijo tem uma história tão longa, quanto à história do próprio ser humano. Eu não fazia ideia de que ele não nasceu como sinônimo de carinho, e sim como instrumento de defesa.
Beijo de Demi Moore e Patrick Swayze em "Ghost" (1990)

O beijo que nós conhecemos vem de uma época em que os humanos precisavam muito mais do olfato para sobreviver. Era prática comum os homens sentirem o cheiro para saber a que tribo pertenciam. Os esquimós, muito prudentes, resolveram o problema encostando as pontas dos narizes, enquanto mantêm os olhos abertos, vigiando a situação.

 A boca e o aleitamento são a representação da vida e, para alguns povos, da alma também. O primeiro grito do recém-nascido é seu primeiro sintoma de vida. Assim também o homem abandona o mundo, dando o último suspiro. E Deus soprou a vida em Adão assim como nos contos de fada o príncipe devolve a vida à Bela Adormecida e a Branca de Neve, vítimas de um enfeitiçamento. Mas o beijo também pode significar a morte. Segundo as regras da Máfia, quando algum membro do grupo trai seus pares, um parente é encarregado de lhe dar um beijo ritual na boca, indicando a vítima cuja execução foi aprovada pelo chefão.

O beijo de Clark Gable e Vivian Leight em "...E o Vento Levou" (1939
Na França, o Rei Sol (1638-1715), institui o uso do beija-mão, que no começo obrigava os homens a inclinar-se para beijar as mãos das damas. Na verdade, muitos altos funcionários e nobres da corte nunca aprovaram o costume: achavam humilhante fazer uma reverência diante de pessoas que lhes poderiam ser socialmente inferiores. Assim, eles inventaram uma regra que não iria romper totalmente com o protocolo aproximavam a mão das senhoras até a boca e a apertavam uma ou mais vezes, operação que não os impedia de continuar retos e com sua vaidade ilesa.

Imortalizado nas artes como uma celebração mágica e romântica, foi com o cinema que o beijo tomou conta do mundo. Em 1896, numa pequena sala de projeções de Los Angeles, nos Estados Unidos,os artistas May Irwin e John Rice beijaram-se durante quatro longos segundos. Foi um beijo explosivo, filmado em primeiro plano. Todas as associações femininas de defesa da moral e dos bons costumes dos Estados Unidos incitaram então o boicote ao filme; a imprensa também censurou o que chamou de moral de taverna. Mas Hollywood insistiu e em 1926 chegou às telas o filme Don Juan, onde o ator John Barrymore dá 191 beijos em diversas atrizes, um recorde ainda não superado no cinema.


Macaulay Culkin e Ana Chlumsky em "Meu primeiro amor" (1991)

Falar sobre o beijo é viajar nas inúmeras lembranças que o assunto nos traz. Seja um longo e apaixonado beijo, ou ainda um beijinho de despedida, hoje para nós ocidentais é inconcebível vivermos ou falarmos de amor, sem mencionar ou, principalmente, praticar o beijo. Ele é a melhor expressão do sentimento que une 2 corações há séculos.

Dedico esta postagem para a Bru, a mulher que me fez descobrir uma verdadeira paixão pela arte de beijar!

6 comentários:

Suhaila Kalik disse...

Q legal! Adorei conhecer a história do beijo!

Gabi disse...

Que delícia de post! Eu diria que foi tão delicioso como a doçura de um beijo apaixonado!

Fabi disse...

lindo como sempre foi a declaração de amor do Jorge....
que Deus abençõe sempre vcs casal querido!

Adeline disse...

adorei essa postagem...nossa... muito bacana ... naum conhecia a história do beijo.

que lindos os bjos de cinema né...
*---*


acho q vou lah bjar um pouco hahahaha
bjos

Anne disse...

Ai,ai... (L)

Bruna Bloinski Munhoz disse...

Eu amei o post, amor!!!
Lindo demais!
Vem aqui me dar um beijinho agora?! ;D